O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista,
caiu 0,7% nesta quarta-feira (30), aos 43.349 pontos.
A queda do principal indicador da bolsa em 2015 foi de 13,31%,
considerando a pontuação de fechamento do dia 30 de dezembro de
2014, que foi de 50.007 pontos. Foi a terceira desvalorização anual
seguida. A perda anual de 2015 é bem maior que a anterior - em 2014,
a Bovespa teve desvalorização de 2,91%. Já em 2013, a queda anual da
bolsa foi de 15,5%, na ocasião a maior desde 2011.
A queda mensal de dezembro de 2015 foi de 3,93%.
A bolsa atingiu sua maior pontuação de fechamento de
2015 no dia 27 de março, quando encerrou o dia aos 58.051 pontos
após subir 1,22% naquele pregão. Na ocasião, foi a primeira vez que
o Ibovespa passou a marca dos 58 mil pontos no fechamento em quase 7
meses. A alta foi puxada pela forte valorização diária das ações da
Vale e da Petrobras naquele pregão.
Já o menor patamar de fechamento do ano foi atingido no dia 21 de
dezembro, quando o Ibovespa caiu 1,62% e terminou o pregão aos
43.199 pontos. Foi a menor pontuação desde 2009.
As ações que mais subiram e as que mais caíram
A Economatica divulgou as maiores variações das ações
negociadas na Bovespa em 2015. O papel que mais subiu foi o da
Fibria, com alta de 71,44%. Em seguida estão as ações da Suzano
(68,77%), Braskem (66,18%), Klabin (64,05%) e Sul America (51,7%).
Já a maior queda foi a da ação da construtora PDG Realty, que perdeu
95,82%, passando de R$ 39 em 2014 para R$ 1,63 no fechamento do
último pregão de 2015. A segunda maior perda, de 85%, foi da ação da
Gerdau, que iniciou o ano cotada a R$ 11,11 e terminou a R$ 1,66. A
Viavarejo caiu 83,8%, a Gol, 83,4% e a Oi, 77,3%.
Vale e Petrobras
A Vale foi a empresa com ações negociadas na Bovespa
que mais perdeu valor de mercado em 2015, segundo levantamento
realizado pela Economatica. A empresa perdeu R$ 45,9 bilhões em
valor de mercado, passando de R$ 107 bilhões no final de 2014 para
R$ 61,6 bilhões no final do último pregão de 2015 - uma queda de
cerca de 42%.
As ações preferencias (que dão ao acionista preferência na
distribuição de dividendos) da Vale caíram 43% em 2015, terminando o
ano cotadas a R$ 10,25. Já as ações ordinárias (que dão direito a
voto em assembleias da empresa) recuaram 37%, a R$ 13,03.
A Petrobras foi a empresa que teve a terceira maior queda, perdendo
R$ 26,1 bilhões em valor de mercado - de R$ 127,5 bilhões em 2014
para R$ 101,3 bilhões, segundo a Economatica. Os valores representam
perda aproximada de 20%. As ações preferenciais da Petrobras caíram
33%, a R$ 6,70, e as ordinárias, 10,64%, a R$ 8,57%.
Já a empresa que mais ganhou em valor de mercado em 2015, ainda
considerando o levantamento da Economatica de empresas com ações
negociadas na Bovespa, foi a Ambev. No ano, o valor da empresa subiu
de R$ 254,8 bilhões para R$ 279,9 bilhões, um aumento de R$ 25
bilhões, ou cerca de 9,8%.
Bancos
Entre as empresas que mais perderam valor de mercado no ano também
se destacaram bancos. Ainda segundo os números da Economatica, o
Bradesco perdeu R$ 45,1 bilhões, passando de R$ 145,5 bilhões para
R$ 100,4 bilhões, uma queda de aproximadamente 30%. Já o Itaú
Unibanco perdeu R$ 31,7 bilhões, passando de R$ 183 bilhões para R$
151 bilhões - desvalorização de aproximadamente 17%.
O Banco do Brasil foi a quarta maior perda em valor de mercado,
recuando R$ 25,3 bilhões - de R$ 66,4 bilhões para R$ 41,1 bilhões,
perda de cerca de 38%.
Na outra ponta, o Banco Santander foi destaque de alta. A empresa
foi o segundo maior ganho em valor de mercado, subindo de R$ 46,9
bilhões para R$ 60,5 bilhões, um avanço de R$ 13,6 bilhões ou cerca
de 28%. |
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